03/08/2008

Chove...



Molha-se a alma de um pobre
Que não tem onde se abrigar
Outrora viveu bem; foi nobre
Hoje, sabe o que é mendigar

Ocorre-lhe à memória apagada
De anos duros e angústiosos
Dias frios...até de geada,
Lembranças de braços saudosos

Que tudo construíam e nada temiam
Hoje, resta-lhe esperar a morte
Sonhar não ter mais frio…

Que ser mendigo foi só a sorte
De esperar encontrar no vazio
Aquela libertadora... (MORTE)

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