25/04/2008

Quotidiano sem amanhã




Era de dia
E eu não via.
- Não!
Ver eu não queria:
Era demais
Toda a verdade
Misturada no ar,
Estampada
No olhar
Da multidão
Que passava
Sem nada fitar
Se não seu pensar,
Senão mesmo
A verdade própria
Que não se vê,
Não se mostra
Mas que se entende.
Tão tarde
O que viam e
Entender não queriam
Eram gestos gastos
Subentendidos,
Quanto a realidade
Repugnante de um todo –
- Verdade única.



J.Carlos

2 Comments:

Unknown said...

Ola
para te dar os meus parabéns.
Continua
Olha a vida pelo lado mais positivo... e encontrarás a tua felicidade.
bjs
Paula Alexandra

Anónimo said...

Nem tudo há regras
Nem tudo que se lê há tristeza
Nem tudo que se ve há alegria
As vezes temos que ver o errado para ver o certo, assim não distânciamos de nós mesmos.
Parabéns pelo tempo dedicado a explorar a poesia.